Paraibano é primeiro lugar em medicina na USP: ‘o principal foi entender quem eu era’
Gabriel fez cursinho no colégio Motiva e foi aprovado em primeiro lugar no curso de medicina da USP — Foto: Ascom/Motiva/Divulgação
Gabriel Araújo foi aprovado na Faculdade de Bauru, na USP, em São Paulo. Além do foco, conhecer a si mesmo foi essencial para a conquista.
O paraibano Gabriel Araújo Medeiros, de 19 anos, reuniu três anos de experiências com o Enem para conseguir uma média de 845,19 e ser aprovado em primeiro lugar para o curso de medicina, na Universidade de São Paulo (USP), na Faculdade de Bauru, por meio do Sisu 2020. Foram três anos de crescimento, notas aumentando e também anos de definição sobre quem era e o que queria fazer. “O que foi determinante não foi o estudo, o principal foi entender quem eu era, porque você tem maior clareza para onde quer ir e como ir”, explicou Gabriel.
Vai ser a primeira vez que o jovem vai sair do Nordeste. Por isso, até gostou que a aprovação tenha sido na cidade de Bauru. Também tentou no campus de Pinheiros, mas o município no interior de São Paulo pareceu deixá-lo mais à vontade e próximo da cidade onde nasceu e mora atualmente: Campina Grande, na Paraíba.
“MEU OBJETIVO ERA UFCG E, NO MÁXIMO, EU PENSAVA NA UFPE, MAS SEMPRE PENSANDO EM MEDICINA. USP EU NÃO ESPERAVA MESMO”, DECLARA.
Quando percebeu que o resultado foi além do esperado, foi tentando as opções que o Sisu oferecia. Agora é o novo aluno de medicina da USP. Não tem família na região, mas apoio parece que não vai faltar. Já tem se articulado com amigos da igreja que devem dar o apoio que precisa. “Essa nota não é maior do que o que Jesus sofreu na cruz”, enfatiza Gabriel, lembrando da gratidão que sente com a aprovação.
Três anos de tentativas
O primeiro lugar no curso de medicina da USP veio na terceira vez que Gabriel tentou passar em medicina. Só descobriu que era isso mesmo que queria no terceiro ano do ensino médio, então, no momento do Enem, não estava tão preparado para fazer uma nota tão alta capaz de ser aprovado no curso. “Com experiências pessoais e a sensibilidade que eu tinha para socorrer pessoas, estar perto, confortar, fui percebendo que era medicina”, relata Gabriel.
No terceiro ano do ensino médio fez o Enem, tentou medicina, mas a nota não foi o suficiente. Então escolheu engenharia elétrica, na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Cursou durante uma semana e logo percebeu que deveria persistir no sonho que queria.
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