Em reunião tensa, Maia diz que pode aceitar pedido de impeachment
Fala foi depois de DEM desembarcar da candidatura de Baleia Rossi. Esquerda também ameaça abandonar Rodrigo Pacheco no Senado.
O recado foi dado pelo presidente do DEM, ACM Neto.
Segundo relatos de presentes, Neto informou a Maia e aos demais que 16 deputados do partido decidiram votar em Arthur Lira, candidato do presidente Bolsonaro à Presidência da Câmara. Com a debandada, Baleia ficaria com apenas 15 deputados, e sua candidatura sofreria uma espécie de tiro de misericórdia.
A reação foi enérgica.
Maia disse que, com esse golpe provocado pelo grupo de Bolsonaro, não teria outra alternativa a não ser aceitar um dos pedidos de impeachment contra o presidente da República -- um pedido de impeachment só começa a tramitar se o presidente da Câmara assim decidir, cabendo solitariamente a ele este ato.
Maia deixa o comando da Casa nesta segunda-feira (1º).
Esquerda também reage
Representantes da esquerda presentes na reunião, entre eles o PT, também prometeram reagir.
Disseram eles: se o DEM desembarcasse, teriam que retirar apoio ao candidato do DEM, Rodrigo Pacheco, ao comando do Senado.
Sem os partidos de esquerda, a candidatura de Pacheco sairia da aparente zona de conforto e passaria a correr algum risco.
ACM Neto ouviu todas as reações e deixou a residência oficial do presidente da Câmara para reunir o comando do partido e decidir como vai agir. Acabou propondo a neutralidade, algo que o grupo de Maia não aceita.
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